Mercado de escritórios do Rio de Janeiro é marcado por renegociações

Taxa de vacância para os imóveis de classe A + / A é de 39%,

Por Conexão Construção 02/06/2017 - 15:00 hs

Mesmo com os números indicando que o mercado de escritórios de alto padrão do Rio de Janeiro não está com boa movimentação, a realidade demonstra que o mercado está se movendo, mas sem que isto apareça nos estudos. “O primeiro trimestre foi marcado por renegociações. Os proprietários estão negociando para manter os inquilinos. E as renegociações não foram poucas”, explica Marcia Fonseca, diretora da Colliers Rio. 

De acordo com dados da Colliers International Brasil em relação ao primeiro trimestre do ano, a absorção líquida para os imóveis de classe A+ / A foi de – 73 mil m², enquanto que os imóveis de classe B registraram absorção líquida de 5 mil m². “Neste primeiro trimestre, houve uma entrega grande de novo inventário nos imóveis de classe A+ / A (27 mil m²), enquanto que o mesmo não aconteceu com os imóveis de classe B (7 mil m²), que acabam passando por retrofits”, comenta Marcia.
Ainda de acordo com o estudo, o preço médio pedido de locação para os imóveis de classe A + / A é de R$ 106 m² / mês, valor próximo ao praticado no mesmo período de 2016, R$ 104 m² / mês. Já nos imóveis de classe B, houve pequena queda no valor neste primeiro trimestre, R$ 88 m² / mês ante R$ 94 m² / mês no mesmo período do ano passado. A Zona Sul segue sendo a região com os preços mais altos do Rio nos imóveis de classe A+ / A (R$ 250 m² / mês), seguido por Orla (R$ 132 m² / mês) e Centro (R$ 111 m² / mês).
Quanto à vacância, a taxa para os imóveis de classe A + / A é de 39%, bem acima do índice do início de 2016, que era de 23%. Nos imóveis de classe B, a taxa fechou o período em 32%, também superior ao mesmo trimestre do ano passado, 24%.
Para Marcia Fonseca, o momento é ideal para as empresa e órgãos públicos, que ocupam imóveis pulverizados, se instalar em prédios inteiros e seguros. “Esta é a primeira vez que o Rio de Janeiro tem condições de atrair estas empresas para um único lugar, reduzindo custos e dando mais identidade para as suas marcas”, finaliza.